quarta-feira, 27 de maio de 2009

o silêncio dos livros...

o silêncio cheio de significados que paira ao redor de alguém lendo um livro. Sobre a aura de tranqüilidade que ronda qualquer biblioteca, camuflando os diversos universos que se misturam acima de todas as cabeças. Se o silêncio é uma prece, ler deve ser uma espécie de religião, que nos anima, conforta, emociona e seduz. Deixe-se seduzir…















onde tudo começa...


Augusto Boal, nascido no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1931 e criador do Teatro do Oprimido, morreu na madrugada deste sábado (02/05/09). O dramaturgo é vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, já tendo, inclusive, sido indicado ao prêmio Nobel da Paz.
Boal acreditava que todos podem ser atores. Acreditando no teatro como ferramenta transformadora, afirmava que: “O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos ‘espect-atores’.”
Segundo ele, “Os atores falam, andam, exprimem idéias e revelam paixões, exatamente como nós em nossas vidas no corriqueiro dia-a-dia. A única diferença entre nós e eles consiste em que os atores são conscientes de estar usando essa linguagem, tornando-se, com isso, mais aptos a utilizá-la. Os não-atores, ao contrário, ignoram estar fazendo teatro (…)”. Assim sendo, parece-me que o que o Teatro do Oprimido faz é nos convidar a uma tomada de consciência. Não uma consciência dominada por uma supremacia da razão, e sim forte pelo que há de intenso no coletivo, na criação, na crítica que nasce dos grupos.